sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Astrônomos detectam planeta ‘órfão’ a 100 anos-luz

Atualizado em  14 de novembro, 2012 - 13:50 (Brasília) 15:50 GMT
Planeta órfão foi descoberto por duas equipes internacionais de astrônomos
Astrônomos baseados no Havaí e no Chile descobriram um planeta "órfão" vagando pelo espaço sem estar ligado à órbita de um astro, a cem anos-luz de distância da Terra.
Os cientistas dizem que pesquisas recentes têm demonstrado que esse tipo de planeta pode existir com muito mais frequência no cosmos do que se pensava.
Eles também são conhecidos como planetas "interestelares" ou planetas "nômades" e têm sido definidos como objetos de massa planetária que foram expulsos dos seus sistemas ou nunca estiveram gravitacionalmente ligados a nenhuma estrela.
Embora haja cada vez mais interesse dos astrônomos no assunto, exemplos de planetas "órfãos" são difíceis de serem encontrados, o que torna a recente descoberta mais importante.
O planeta, chamado de CFBDSIR2149-0403, é tema de um artigo que deve ser publicado no periódico científico Astronomia e Astrofísica.
Mas até agora sabe-se muito pouco sobre a intrigante descoberta. Além de estimar sua distância da Terra, considerada muito pequena, os cientistas acreditam que o "órfão" seja relativamente "jovem", tendo entre 50 e 120 milhões de anos.
Estima-se que ele tenha temperatura de 400ºC e massa entre quatro a sete vezes a de Júpiter.

Intrigantes

Ainda que os astrônomos acreditem que os planetas "órfãos" sejam mais comuns do que se pensava, as teorias em torno da origem deste tipo de massa planetária que "vaga" pelo espaço ainda são intrigantes.
Acredita-se que eles possam se formar de duas maneiras: de forma semelhante aos planetas que estão conectados a astros, surgindo a partir de um disco de poeira cósmica e restos de massa, mas que, em vez de serem integrados a um sistema (assim como a Terra é parte do Sistema Solar, gravitando em torno do Sol), são expulsos da órbita de uma estrela.
A segunda explicação aponta que eles podem se formar como se fossem um astro, mas nunca chegam a atingir a massa total de um astro normal.
De qualquer forma, eles acabam livres da atração gravitacional a uma estrela, vagando livremente pelo cosmos, o que torna sua identificação muito difícil.

Grupo

Uma equipe internacional organizou uma verdadeira "caçada" por esse tipo de planeta usando o Telescópio Canadá-França no Havaí e o Very Large Telescope (VLT), ou Telescópio Muito Grande, em tradução livre, localizado no Chile. Encontraram apenas este exemplar.
"Esse objeto foi descoberto durante uma varredura que cobriu uma área equivalente a mil vezes uma lua cheia", disse Etienne Artigau, da Universidade de Montreal.
"Nós observamos centenas de milhões de estrelas e planetas, mas só conseguimos encontrar um planeta 'órfão' em nossa vizinhança", acrescenta.
Mas algo que pode ser crucial é o fato de que o CFBDSIR2149-0403 parece estar se movendo ao lado de um grupo de objetos celestiais itinerantes muito semelhantes a ele, já classificado pelos cientistas como "Grupo itinerante AB Doradus".
São cerca de 30 estrelas basicamente da mesma composição que podem ter se formado na mesma época.
Este dado pode ajudar a esclarecer mais detalhes, mas a origem do CFBDSIR2149-0403 continua intrigando as duas equipes: ele teria se formado a partir do que seria uma estrela ou foi um planeta expulso de casa?
Philippe Delorme, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França, diz que caso a segunda teoria seja verídica, isso implicaria na existência de muitos outros planetas semelhantes ao recém-descoberto.
"Se este pequeno objeto é um planeta que foi expulso de seu sistema nativo, ele sugere a ideia surpreendente de mundos órfãos, vagando pela imensidão do espaço".
Em maio de 2011, em descoberta publicada na revista Nature, outro grupo de astrônomos encontrou dez planetas de característica semelhante, que não se conectavam a nenhum sistema solar, o que fez o grupo também acreditar que pode se tratar de um fenômeno relativamente comum.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Conheça os malefícios do tabaco



Na maior parte das vezes, quem começa a experimentar o cigarro ou não sabe o que está fazendo ou não tem a real dimensão de todo o mal que ele provoca no organismo. É difícil pensar que se uma pessoa visse fotos de algumas consequências do consumo do tabaco ou lesse sobre o que a fumaça do cigarro causa ao corpo, resolveria fumar mesmo assim.
Vamos deixar claro aqui que ao falarmos em tabaco usamos o termo “cigarro” porque é o mais conhecido e, por isso, fácil de associar. No entanto, é bom saber que todo tipo de uso do tabaco causa o mesmo mal: seja o cigarro, o cachimbo, o charuto, o rapé, a folha etc. Mas, primeiro, é preciso corrigir alguns conceitos. Quem pensa saber que o cigarro faz mal porque a nicotina é a “vilã” se engana. A pobre da nicotina é só uma dentre as 4.700 substâncias tóxicas comprovadas no cigarro. Dentre elas, há substâncias químicas e até substâncias radioativas.
O primeiro impacto que seu corpo sofre com o cigarro é com a fumaça: seja no caso do fumante que a aspira por vontade própria, seja no caso do fumante passivo, que forçosamente tem que conviver com a fumaça que sai da ponta do cigarro ou da boca do fumante. A nicotina em si demora só 10 segundos para chegar ao cérebro do fumante e trazer o efeito relaxante, que é provocado pela liberação de um entre tantos hormônios no organismo chamado dopamina, estimulante que dá sensação de prazer e motivação.


Caveira com Cigarro Aceso, pintura
a óleo de Vincent Van Gogh. 1885.

A ida ao cérebro e o efeito são rápidos, mas as consequências ao passar pelo corpo são graves. Primeiro, a fumaça entra pelas vias respiratórias, entrando em contato com cílios e vasos da traqueia, brônquios etc. Com o tempo, a fumaça corrói os cílios do aparelho respiratório, fazendo com que eles não consigam mais manter bactérias e invasores do organismo afastados, facilitando assim problemas respiratórios crônicos.
Ao mesmo tempo, as substâncias que saem dos brônquios e caem na corrente sanguínea passam pelos nossos vasos, facilitando o acúmulo de gordura, o que acaba impedindo a circulação correta do sangue no organismo. Isso traz duas graves conseqüências: uma são as gangrenas, que obrigam as pessoas a amputarem partes de seus corpos pela má circulação do sangue, e a outra é a falta de oxigenação nos órgãos.
Que fique bem claro que todo o nosso corpo, desde as minúsculas células até a nossa pele, que fica na parte de fora, precisa de oxigênio para sobreviver. Como ele consegue isso? Quando respiramos, as hemoglobinas, que ficam no sangue, se agarram ao oxigênio que absorvemos e o levam a todas as partes do organismo. Oxigênio não é gás carbônico. Fumaça de cigarro tem muito gás carbônico. E para o nosso azar, as hemoglobinas têm mais facilidade de carregar gás carbônico do que oxigênio. O que acaba acontecendo é que quando o corpo inala a fumaça do cigarro, as hemoglobinas se agarram no gás carbônico, levando-o às células e órgãos que, quando recebem as benditas, opa, não encontram o oxigênio que precisam ou apenas uma pequena porção dele. Falta de oxigênio leva à falência de todo e qualquer órgão, e eventualmente à morte.
É, cigarro é ruim para o aparelho respiratório, para a respiração dos órgãos do nosso corpo e para a circulação do sangue. Só isso? Não. Diversos tipos de cânceres já estão relacionados ao uso do tabaco, como câncer de pulmão, de boca, de nariz, de língua etc. Grávidas fumantes expõem seus bebês a todas as substâncias do cigarro. Alguns já nascem com doenças respiratórias, e a maioria estará suscetível a todas as complicações do cigarro. Em casos mais graves, a quantidade de cigarros fumados foi tamanha, que se chegou a encontrar alcatrão nos fios de cabelo do recém-nascido.
Junto com toda a agressão sofrida pelo organismo, o tabaco ainda tem o agravante de causar dependência. Isso porque os hormônios e outras substâncias que a nicotina libera no organismo, e que trazem tanta sensação de prazer e motivação, acabam perdendo efeito rápido, normalmente em torno de 10 a 20 minutos. Quando esse nível de hormônios ou o efeito da nicotina cai, o fumante sente uma necessidade desesperada de repor a sensação. Isso porque a falta do hormônio causa o dobro do efeito da presença dele no corpo, ou seja, falta de dopamina provoca depressão, tristeza, nervosismo, ansiedade, em doses ainda maiores. E aí, depois que já ficou dependente, nem que o fumante, agora que sabe dos efeitos do cigarro, queira parar,  conseguirá facilmente. A estimativa é de que apenas 5% dos fumantes consigam parar de fumar sem ajuda profissional.
“Certo, quem sabe o cigarro faça mesmo muito mal. Mas eu não fumo. Não preciso me importar.” Isso não é completamente verdade. Por acaso você fica perto de algum amigo que fuma? Na sua casa seus pais fumam? Em barzinhos, boates etc., você avista pessoas fumando? Então, sinto lhe dizer, mas você também é uma vítima do tabaco. Há estudos comprovados de que o fumante passivo, que é a pessoa que está exposta à fumaça do tabaco, tem o dobro de chances de ter câncer, problemas respiratórios e muitas outras doenças do que uma pessoa que não se expõe à fumaça do cigarro.


Veja o quanto você fuma involuntariamente
em alguns locais públicos.

Isso porque o fumante passivo acaba fumando a fumaça não filtrada. Como assim? Teoricamente, o fumante que fuma traga uma substância que antes passa pelo filtro do cigarro (aquela parte amarela na ponta que fica na boca). Não que isso adiante algo efetivamente, mas ainda assim é diferente do que simplesmente queimar tudo ali e inalar. O fumante passivo respira a fumaça que queima da ponta do cigarro que, além de se espalhar homogeneamente pelo ambiente, não passa pelo filtro. A dose é menor do que no caso do fumante, mas o estrago é notoriamente alto.
Por isso, defenda seu direito de um ar sem poluição, um ambiente livre do tabaco. Já que você escolheu não usar a droga, por que precisaria se expor às doenças que ela acarreta devido aos hábitos de outra pessoa?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conheça seu tipo de sangue e inicie sua dieta

De acordo com a teoria do médico naturopata Peter D´Adamo, a reação do organismo a certos tipos de alimento, o metabolismo e a perda de peso estão relacionadas ao grupo sanguíneo.  

(*) Roberta Godoy
.....Vida longa, saúde, vigor e peso ideal são metas de todas as pessoas. Uma vida saudável também é influenciada pelo tipo sangüíneo de cada um. É ele que determina a sensibilidade para doenças, o nível de energia, a queima de calorias e a reação emocional ao estresse. O conhecimento do grupo de sangue também favorece melhor compreensão do estado de saúde geral. Mas o que talvez nem todos saibam é que também se pode determinar a compatibilidade ou não da pessoa com certos alimentos, que reagem de maneiras diferentes no organismo, pelo líquido que corre em nossas veias: é a dieta do tipo sanguíneo.

.....Idealizada pelo naturopata (naturopatia é um segmento alternativo que acredita que o corpo deve se manter equilibrado para desenvolver dispositivos de cura) Peter D´Adamo, a dieta do tipo sangüíneo mostra o que é bom ou não consumir de acordo com os quatro grupos principais (A, B, AB e O). Os alimentos, segundo a dieta de D´Adamo, são divididos em três categorias: benéfico (alimento que atua como remédio, capazes de prevenir e tratar doenças), neutro (atua como alimento mesmo) e nocivo (atua como veneno ao organismo, podendo causar ou agravar doenças). Como a lista dos alimentos é muito extensa, separamos os principais que devem ser consumidos ou evitados. A relação traz apenas alguns itens e serve como uma referência. Não inicie uma dieta sem antes consultar seu médico.
Qual o seu tipo sanguíneo?


.....Quase 50% da população tem este tipo de sangue, é o grupo mais antigo e é o resultado do cruzamento de várias culturas. Geralmente precisam comer proteína animal todos os dias. O aparelho digestivo é forte, pois produz sucos gástricos em abundância, importante para a digestão da carne. Mas justamente por produzirem maior quantidade desses sucos gástricos, ocorre a maior incidência de doenças estomacais, como gastrites e úlceras. Não são bem-vindos: aveia, trigo, grãos e derivados do leite. O sistema imunológico é bem ativo e consegue reagir ao estresse com grande atividade física.

Prefira
Carnes: bovina, cordeiro, avestruz
Peixes e frutos do mar: bacalhau fresco, linguado, salmão
Derivados do leite: mussarela, leite de soja, tofu
Frutas: ameixa frescas e secas, pretas ou vermelhas, figo
Verduras: acelga, alcachofra, brócolis, cebola, escarola, espinafre
Cereais, massas e pães: prestar atenção nos alimentos a serem evitados. O restante pode ser ingerido

Evite
Carnes: porco, presunto, toucinho
Peixes e frutos do mar: caviar, salmão defumado, polvo
Derivados do leite: creme de leite, iogurte, leite (integral ou magro), a maioria dos queijos, sorvete
Frutas: laranja, morango, coco, amora
Verduras:berinjela, champignon, milho, repolho
Cereais, massas e pães: aveia, trigo, cuscuz, pão branco, semolina

Alimentos que estimulam a perda de peso: algas, brócolis, peixes e frutos do mar, couve-manteiga, sal iodado, carne vermelha (carneiro, boi, caça, fígado), espinafre.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: couve-flor, feijão, lentilha, milho, couve-de-bruxelas, repolho, trigo e derivados (glúten).
.....Por volta de 38% da população tem esse tipo sangüíneo. Com o início das práticas agrícolas, esse grupo foi um dos primeiros a evoluir (por causa do consumo de vegetais). As pessoas pertencentes a esse segmento saem-se melhor como vegetarianos. O aparelho digestivo é sensível, com dificuldades para decompor as proteínas e gorduras de origem animal, pois produzem menos suco gástrico. Essas pessoas são mais sensíveis a doenças do coração, ao câncer e ao diabetes. Alimentos como proteínas de soja, grãos, legumes, comidas frescas, orgânicas, peixes e frutas são muito importantes. O sistema imunológico é tolerante e reage melhor ao estresse com atividades relaxantes.

Prefira
Carnes: avestruz, frango, peru
Peixes e frutos do mar: bacalhau fresco, salmão fresco, sardinha, truta
Derivados do leite: leite e queijo de soja, tofu
Frutas: abacaxi, ameixa, cereja, figo, limão, amora, damasco
Verduras: acelga, alcachofra, brócolis, cebola, cenoura, espinafre
Cereais, massas e pães:farinhas de centeio, arroz, soja e aveia, pão de farinha de soja

Evite
Carnes: bovina, carneiro, cordeiro, pato, porco, vitela
Peixes e frutos do mar: camarão, caviar, caranguejo, marisco, mexilhão, ostra, polvo
Derivados do leite: creme de leite, sorvete, leite magro e integral, manteiga, requeijão
Frutas: banana, laranja, manga, papaia, coco
Verduras: berinjela, repolho, tomate
Cereais, massas e pães: Creme e germe de trigo, farinha de trigo integral, pão preto, pão integral, farinha branca

Alimentos que estimulam a perda de peso: abacaxi, verduras, óleos vegetais, feijão de soja e pratos com soja.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: carne, feijão mulatinho, produtos do leite, trigo (em grandes quantidades).
.....Uma base de 10% da população tem esse tipo de sangue. Ele surgiu quando os seres humanos migraram para o Norte, encontrando terras mais frias e sombrias. A dieta pode ser mais variada, incluindo carne, e é o único tipo de sangue que se dá muito bem com os laticínios. O sistema imunológico das pessoas que tem o tipo B é forte, reage melhor ao estresse com criatividade. As recomendações gerais de alimentação são: carnes como cordeiro, carneiro, coelho, peru; peixes como bacalhau, salmão, linguado; laticínios como leite magro, iogurte e queijos; cereais como arroz, aveia, batata e inhame; azeite de oliva e muita verduras e legumes.

Prefira Carnes: carneiro, cordeiro, coelho, veado
Peixes e frutos do mar: bacalhau, salmão, truta, caviar, sardinha
Derivados do leite: iogurte, leite, mussarela, ovos, ricota
Frutas: abacaxi, ameixa, banana, mamão, uva
Verduras: beterraba, brócolis, cenoura, couve, repolho
Cereais, massas e pães: arroz integral, aveia, pão de aveia

Evite
Carnes:frango, pato, porco, presunto
Peixes e frutos do mar: anchova, camarão, caranguejo, lagosta, marisco, ostra, polvo, mexilhão
Derivados do leite: queijo fundido e roquefort, sorvete com leite
Frutas: carambola, caqui, coco, romã
Verduras: alcachofra, tomate, milho verde, azeitona
Cereais, massas e pães: arroz selvagem, farinha de trigo, milho, centeio

Alimentos que estimulam a perda de peso: ovos, leite e derivados com baixo teor de gordura, carne, verduras, chá de alcaçuz.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: milho, trigo, lentilhas, amendoins e gergelim.
.....Cerca de 4% da população tem esse tipo de sangue. É uma adaptação moderna que surgiu da mistura do A e do B. Seu aparelho digestivo é sensível. Necessita de alimentos misturados em porções equilibradas. Já o sistema imunológico é excessivamente tolerante, tem reações às mudanças dietéticas e de ambientais. No geral, os alimentos recomendados são carne, peixe, produtos do leite, legumes, cereais, frutas e verduras.

Prefira
Carnes: carneiro, coelho, cordeiro e peru
Peixes e frutos do mar: atum, bacalhau, cavala, sardinha e truta
Derivados do leite: coalhada, iogurte, mussarela, ricota, queijo cottage
Frutas: abacaxi, ameixa, cereja, figo, kiwi, uva
Verduras: aipo, alho, beterraba, berinjela, brócolis, couve, pepino
Cereais, massas e pães: arroz, farinha de centeio, de trigo, aveia

Evite
Carnes: bovina, búfalo, frango, porco, presunto e vitela
Peixes e frutos do mar:anchova, camarão, caranguejo, lagosta, linguado, ostra, mexilhão, siri
Derivados do leite: leite integral, creme de leite, queijo parmesão, brie, provolone, roquefort, sorvete cremoso
Frutas: banana, caqui, goiaba, laranja, manga
Verduras: alcachofra, milho verde, nabo, pimentão, rabanete
Cereais, massas e pães: farinha de cevada, de milho, cereais matinais, amido de milho

Alimentos que estimulam a perda de peso: abacaxi, peixe, couve-manteiga, produtos do leite, tofu.
Alimentos que estimulam o aumento de peso: trigo, feijão-mulatinho, milho, nozes e sementes, carne vermelha.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

ALIENAÇÃO PARENTAL


A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi descrita por Gardner em 1985, como sendo “Um transtorno caracterizado pelo conjunto de sintomas que resultam do processo pelo qual um genitor transforma a consciência de seus filhos, mediante distintas estratégias, com o objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor”.
Sua função básica é destruir a confiança da criança/adolescente no genitor alienado, através da desqualificação do mesmo, levando-a a se afastar deste, através de atitudes de nojo, raiva ou medo.
O genitor alienador se torna o centro das atenções dos filhos, fazendo-os crer que ele é capaz de cuidar sozinho deles, e, que estes não sobreviverão longe dele. Silva e Resende (2207) afirmam que “O alienador passa em alguns momentos por uma dissociação com a realidade e acredita naquilo que criou sozinho. E o pior, faz com que os filhos acreditem, sintam e sofram com algo que não existiu, exprimindo emoções falsas”. A implantação de falsas memórias na criança é parte do processo da Síndrome de Alienação Parental.
Berenice Dias (2007) afirma que “A criança que ama seu genitor, é levada a se afastar dele, que também a ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado”.
Tal atitude traz prazer ao alienador, pois destrói aos olhos dos filhos o antigo parceiro e atual inimigo.
Gardner descreve três estágios da Síndrome:
Estágio leve – quando nas visitas há dificuldades no momento da troca dos genitores;
Estágio moderado – quando o genitor alienante utiliza uma grande variedade de artifícios para excluir o outro;
Estágio agudo – quando os filhos já se encontram de tal forma manipulados que a visita do genitor alienado pode causar pânico ou mesmo desespero.
Baseada nas observações de Louzada (2008) percebo que a prática forense tem mostrado diversos indícios que apontam para a tentativa de alienação do filho, a saber:
Casos em que o genitor guardião revela que não impede que o genitor visitante veja o filho, mas também não o “força” a ir;
Quando não permite ou dificulta que o outro genitor fale ao telefone com o filho, e quando o faz geralmente delimita horários que não são obedecidos;
Quando “esquece” os dias de visita e sai de casa com os filhos nas datas agendadas para visita, marca viagens ou saídas “interessantes” nestas datas, deixando o genitor alienado no lugar do “estraga prazer” e os filhos numa situação que pode gerar um conflito de lealdade em relação a este;
Quando se recusa a informar ao outro sobre doenças dos filhos, festas ou outras atividades no colégio, ou qualquer outro fato que comporte a presença do genitor alienado;
Quando refere que o outro genitor não cuida bem dos filhos, não os educa, não dá alimentação adequada, não se preocupa com sua higiene, deixa que se machuquem;
Quando insiste em referir-se à companheira/o do genitor/a alienado/a como sendo pessoa que não goza de boa reputação, não merecendo o contato com os filhos;
Quando imputa abuso sexual ao filho;
Quando tenta impingir aos filhos a idéia de que seu novo companheiro/a é seu novo pai/mãe.
Estes processos de alienação causam nas crianças/adolescentes grandes danos emocionais e psíquicos, pois estes se tornam um alvo claro para a destruição do “objeto de ódio” do genitor alienante. Destruir este alvo é a forma que o alienador encontra de “matar” a frustração pela perda vivida, sem levar em conta o resultado final, ou seja, o dano causado aos filhos.
Os filhos não podem se estruturar enquanto sujeitos, uma vez que não conseguem desejar além do desejo do alienador. Este, uma vez que não conseguiu se diferenciar do filho alienado acredita, mesmo que inconscientemente, que pode formar com ele uma díade perfeita. Desta forma a criança não se individualiza e com isso não alcança o espaço do seu desejo. Enquanto objetos de posse e controle, os filhos passam a agir de acordo com o que o alienador lhes “impõe”.
O resultado deste processo é um profundo sentimento de desamparo, gerando por parte da criança/adolescente um grito de socorro que não é ouvido. Uma vez que não é reconhecido como sujeito, esse grito acaba por se transformar em sintoma, que poderá ser expresso tanto no corpo por um processo de somatização, quanto por um comportamento anti-social.
Ao me perguntar o que leva um genitor a causar tamanho dano emocional e psíquico a seu filho, três fatores me vêem a mente:

1- A forma como a separação aconteceu e a representação inconsciente desta no imaginário do cônjuge que se sentiu “abandonado”, aliado a dificuldade de lidarem com a frustração, fruto de um processo educacional e social que os tem impedido de reconhecer o espaço e o direito do Outro:

Interessante observar que as pesquisas realizadas sobre o tema apontam que a Síndrome da Alienação Parental acontece mais frequentemente em famílias cuja dinâmica funcional é muito perturbada e que são comandadas pela mãe, sendo a Síndrome entendida pelos pesquisadores como a busca de re-equilíbrio da dinâmica familiar.
O uso da alienação parental como tentativa de volta da homeostase familiar envolve diversos segmentos sociais, familiares e jurídicos, levando o membro “doente” a se sentir acolhido em seu sofrimento, uma vez que em volta do seu desejo reúnem-se todos.
Acredito que este processo seja parte da doença psíquica do membro alienador, que eclode com a separação e que, quando submetido a exames psíquicos, seja possível distinguir em sua história diversos elementos que poderiam prever este tipo de resposta diante da frustração.
Geralmente são pessoas que em sua história familiar foram privados da possibilidade de reconhecerem a existência do outro como Sujeito e com isso não aprenderam a respeitá-lo como possuidor de espaço psíquico e emocional. São frutos de uma educação que não lhes deu o limite necessário que lhes possibilitasse construir noções de ordem, valor e normas morais e sociais.
Ao verem-se privados de seu “brinquedo” fazem “birra” com o “brinquedo” que têm a mão, ou seja, com os filhos, porque sabem que estes, usados como armas, atingirão o seu oponente no que ele ama.

2- A dificuldade de diferenciação de papéis (conjugal e parental):

Trindade (2006) acentua que a Síndrome da Alienação Parental “é o palco de pactualizações diabólicas, vinganças recônditas relacionadas a conflitos subterrâneos inconscientes ou mesmo conscientes, que se espalham como metástases de uma patologia relacional”.
Na Síndrome da Alienação Parental, ao analisarmos a desvalorização da figura do outro genitor, encontramos uma motivação de cunho narcísico: a função do casamento para estas pessoas é o de eternizar-se através da prole. Impossibilitado de reconhecer o outro como um Outro, com direitos, desejos e deveres, ao verem-se frustrados(as), deixam de perceber os filhos como senhores de direitos e passam a vê-los como mais um objeto na partilha de bens. Desta forma a sociedade que se desfez (sistema conjugal) é estendida ao sistema parental, e, amplia-se o divórcio ao espaço do pai e da mãe.
O Código Civil brasileiro dispõe que o poder familiar deve ser exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe, circunstância que não deve se alterar na eventual separação do casal. Em situação de litígio, na qual os genitores não conseguem entrar em acordo para atuarem em consonância com as normas do Código Civil, caberá à justiça regulamentar esse acordo.
Desta forma a justiça passa a ocupar o lugar do terceiro nesta relação, significando de alguma forma a continuidade da sociedade conjugal. Desrespeitar as decisões da justiça, fato comum na SAP, mostra a luta contra a autoridade que se interpôs entre o ex-casal. Se entendermos que uma das funções da SAP é manter o vínculo que o genitor alienante não consegue romper, a figura da Lei, o “Pai Jurídico” (Araújo, 2006), se coloca ali para ser desrespeitado, uma vez que ele significa a castração simbólica que não foi constituída no desenvolvimento emocional deste.

3-  Os novos papéis desempenhados pela mulher e pelo homem na sociedade e a forma como lidam com esta “novidade”:

Na minha experiência clínica, encontro homens, na faixa dos 40 anos, profissionais liberais bem sucedidos, que ao me procurarem dizem: “Dra. eu só quero o direito de ser pai”. Homens que não só têm sido excluídos do contato com os filhos, como estão sendo acusados de abuso sexual, queixa mais comum nos quadros de alienação parental, e que pela demora do curso judicial vêem-se privados de acompanhar o crescimento dos filhos. Se me preocupa o dano emocional causado aos filhos, acredito que precisamos nos preocupar também com as conseqüências emocionais e sociais para este genitor alienado.
Nos 30 anos de experiência profissional pude acompanhar a mudança de papel desempenhada pelo homem no lugar paterno. Acompanhei a queixa das mães que na separação viam os Pais “abandonarem” os filhos ao se tornarem pais de final de semana, e, vejo hoje, a queixa dos Pais ao se verem excluídos do contato com os filhos.
Acredito que a maior incidência de caso da Síndrome da Alienação Parental entre as mulheres também pode ser pensada não só pelo fato delas ainda terem a preferência na guarda dos filhos, quanto pelo próprio conflito que as mulheres vivenciam hoje no seu lugar social.
A emancipação feminina, que tem seu apogeu na metade do século passado, portanto um fato histórico ainda recente provocou mudanças sociais muito grandes no contexto feminino, mudanças que percebo ainda estão sendo absorvidas pelo universo feminino.
O lugar materno na minha percepção foi um dos papéis mais afetados neste processo. Na medida em que a mulher passou a ocupar um lugar profissional de maior destaque, o que fez com que ela estivesse mais tempo fora de casa e consequentemente distante do universo materno possibilitou que o homem começasse a ocupar um lugar maior neste universo. Se por um lado ocupar este lugar é uma cobrança do universo feminino, por outro também pode representar um risco de perder o espaço que culturalmente sempre foi reservado à mulher. Desta forma surge um conflito muito grande: o mundo externo é atraente e incita a ser explorado, o mundo interno, o conhecido, é seguro e dividi-lo causa temor: o lugar materno hoje, muitas vezes, é mantido às custas da desqualificação do lugar paterno.
No momento em que a justiça reconhece a paternidade jurídica, distanciando-a da base biológica, reconhecendo a importância do lugar do masculino na vida das crianças/adolescentes, oferece aos filhos a oportunidade de poderem optar a partir de certa idade para ficar com o genitor com quem melhor se identifica, após a ruptura da sociedade conjugal de seus pais. Essa ameaça ao genitor alienante é um dos elementos que reforçam seu “trabalho” alienante junto aos filhos.
Infelizmente é uma prática comum no Brasil a de que o genitor que detenha a guarda exerça sozinho o poder familiar. Tal prática é uma afronta à Lei além de prejudicar os filhos que se vêem impedidos do direito à ampla convivência familiar assegurada pela Constituição Brasileira. Ao se sentir inviolável, muitas vezes, na percepção de Lima (2008), o guardião vale-se do direito da guarda unilateral para praticar atos que atentam contra a dignidade dos filhos.
Residir em companhia de um dos pais é um ajuste necessário às circunstâncias criadas pelos genitores. Tal fato não assegura que, o genitor com quem o filho reside seja mais importante do que o outro que se vê relegado a ter a companhia dos filhos por pouco tempo como punição à separação.
Eu gostaria de levantar ainda uma outra preocupação: o papel que a justiça, o ministério público, a defensoria pública e os serviços psicossociais têm exercido na análise da SAP.
Entendo ser difícil acreditar que um genitor, que na sua essência deveria ser o protetor dos filhos passe a ser o seu agressor.
Pensar um pai ou uma mãe usando seus filhos como “bala de canhão” na sua guerra particular é muito dolorido. Entretanto temos observado um aumento da SAP que tem assustado, e associado a isso uma negação por parte dos agentes da justiça, do ministério público e dos serviços psicossocial da sua existência.
O desconhecimento dos meandros que envolvem a SAP é na minha percepção uma das razões desta negação. Entendo que a proteção integral à criança e ao adolescente, presente na nossa Constituição Federal e princípio básico do Estatuto da Criança e do Adolescente, associado às sutilezas com que o alienador na maioria das vezes se utiliza, nas falsas denúncias praticadas por este, confundam o sistema judiciário.
Entretanto vemos crianças e adolescentes, além do genitor alienado, sofrendo as conseqüências desta doença familiar, sem que providências urgentes sejam tomadas em sua defesa.
Pensar nas conseqüências para uma criança ou adolescente que passa meses ou até anos alijados da presença do genitor, sendo alienados na sua percepção deste, sem que ele, mesmo repleto de provas seja ouvido pela justiça, preocupa. Os transtornos ocasionados a este sistema familiar são muito grandes, e muitas vezes sem possibilidade de resgate para estes.
Diante disso, gostaríamos de terminar deixando essa preocupação como alerta. Precisamos olhar para a SAP como um grito de socorro por parte do genitor, que em seu comportamento alienado e alienador, ao não conseguir enxergar além de si próprio, provoca um grande sofrimento em todo o seu círculo familiar e pede limite a todos nós.

Alimentos integrais e fibras reduzem risco de câncer no intestino, diz estudo

Um estudo realizado por pesquisadores da Grã-Bretanha e da Holanda sugere que o consumo de mais cereais e grãos integrais pode reduzir o risco de câncer colorretal, ou câncer do intestino grosso.
Segundo os cientistas do Imperial College de Londres, para cada dez gramas de aumento no consumo de fibras, ocorreu uma queda de 10% no risco deste tipo de câncer
Já se sabia que o consumo destes alimentos ajuda a proteger contra problemas cardiovasculares, mas os especialistas afirmam que qualquer ligação com câncer colorretal era menos clara, pois as pesquisas não tinham dado resultados consistentes.
Os cientistas britânicos e holandeses analisaram 25 estudos relativos ao assunto, que envolveram cerca de 2 milhões de pessoas, e concluíram que o consumo de alimentos como arroz integral, aveia e outros cereais são os responsáveis por esta diminuição de risco.
Dagfinn Aune, uma das autoras do estudo e pesquisadora associada no Departamento de Epidemiologia e Bioestatísticas do Imperial College, afirmou que a análise realizada ajudou a encontrar uma associação linear entre a fibra na dieta e o câncer colorretal.
"Quanto mais fibras como estas você come, melhor é. Até quantidades menores tem algum efeito", afirma.
O estudo foi publicado na revista especializada British Medical Journal.

Outros benefícios

Os pesquisadores informaram que a adição de 90 gramas por dia de grãos integrais na dieta está ligada a uma redução de 20% no risco de câncer colorretal.
Eles dizem ainda que os benefícios para saúde do consumo destes grãos não se limitam apenas à diminuição do risco deste tipo específico de câncer.
"Também pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, excesso de peso e obesidade e, possivelmente, mortalidade geral", afirmaram.
No entanto, o último estudo afirma que não há provas de que as fibras presentes em frutas ou vegetais tenham a mesma importância neste resultado.
Uma pesquisa anterior que mostrou a redução do risco devido ao alto consumo de frutas e vegetais sugere que outros compostos presentes nas frutas, ao invés das fibras, podem ser os responsáveis.
Yinka Ebo, da organização de caridade britânica de combate ao câncer Cancer Research UK, afirmou que esta pesquisa dá mais credibilidade às afirmações de que fibras protegem contra o câncer no intestino.
"Comer fibras é apenas uma das muitas coisas que você pode fazer para diminuir o risco de desenvolver a doença, junto com manter um peso saudável, uma vida ativa, diminuir o consumo de álcool, de carne vermelha e industrializada, e não fumar", afirmou

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mulher na Política

História da participação das mulheres na política
Durante grande parte da História do Brasil, as mulheres não tiveram participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo, votar e se candidatar. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito do voto. Também puderam se candidatar a cargos políticos. Nas eleições de 1933, a doutora Carlota Prereira de Queirós foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal brasileira.

Principais conquistas das mulheres na política brasileira
- Em 1932, as mulheres brasileiras conquistam o direito de participar das eleições como eleitoras e candidatas.
- Em 1933, Carlota Prereira de Queirós tornou-se a primeira deputada federal brasileira
- Em 1979, Euníce Michiles tornou-se a primeira senadora do Brasil.
- Entre 24 de agosto de 1982 e 15 de março de 1985, o Brasil teve a primeira mulher ministra. Foi Esther de Figueiredo Ferraz, ocupando a pasta da Educação e Cultura.
- Em 1989, ocorre a primeira candidatura de uma mulher para a presidência da República. A candidata era Maria Pio de Abreu, do PN (Partido Nacional).
- Em 1995, Roseana Sarney tornou-se a primeira governadora brasileira.
- Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT - Partido dos Trabalhadores)  venceu as eleições presidenciais no segundo turno, tornando-se a primeira mulher presidente da República no Brasil.